Os tumores de parede torácica são relativamente incomuns, representando 1 a 2% de todas as neoplasias, e cerca de 5% das neoplasias torácicas. Mais da metade desses tumores são malignos, sendo que a maioria resulta de metástase ou invasão direta de tumores adjacentes à parede torácica (mama, pulmão, mediastino). Os tumores primários de parede são raros. Devido à grande variedade de lesões benignas e malignas que podem surgir na parede torácica, esse grupo de neoplasias representa um verdadeiro desafio diagnóstico e terapêutico.
As maiores séries de pacientes com tumor de parede torácica mostram que 55 a 75% dessas lesões são secundárias. Os tumores primários são menos comuns (25 a 45%). Os tumores benignos correspondem à metade das neoplasias primárias da parede torácica, sendo os tipos histológicos mais comuns o osteocondroma, o condroma e a displasia fibrosa. Os sarcomas de partes moles representam cerca de 45% dos tumores primários malignos. Condrossarcomas e osteossarcomas são as lesões ósseas malignas mais comuns.
Os tumores de partes moles ocorrem principalmente nos tecidos musculares, mas também podem se originar no tecido adiposo, nervos e vasos. Os tumores ósseos podem aparecer em qualquer estrutura do esqueleto torácico (costela, cartilagem costal, esterno, escápula, clavícula). A maior parte dos tumores da parede torácica, primários ou metastáticos, surge nos arcos costais. Lesões primárias do esterno, escápula e clavícula são incomuns, sendo quase todas malignas.
As neoplasias malignas de parede torácica podem surgir em áreas previamente irradiadas. Na série de Schwarz e Burt (1996), 6% dos pacientes com tumor maligno primário da parede tinham recebido radioterapia no tórax.